quarta-feira, 16 de março de 2011

The Vampire Diaries

Diários do Vampiro é uma série de livros de terror e romance da autora estadunidense Lisa Jane Smith sobre a vida de uma garota chamada Elena Gilbert que se vê às voltas com dois irmãos vampiros.
A trilogia original The Vampire Diaries foi inicialmente publicada em 1991, sendo eles The Awakening, The Struggle e The Fury. Com a pressão dos leitores, Lisa Jane Smith lançou em 1992 mais um volume, Dark Reunion. Depois de um hiato de quase 16 anos de escrita, Lisa anunciou que novos livros de The Vampire Diaries estavam em obras. A primeira parte dos novos livros, intitulado The Vampire Diaries - The Return: Nightfall, foi publicada em 10 de fevereiro de 2009.
No Brasil o primeiro volume da série foi publicado em agosto de 2009, chamado O Despertar. Em novembro foi lançado o segundo volume, sob o nome de O Confronto. Em março de 2010 foi lançado A Fúria, e em agosto de 2010 o Reunião Sombria. A nova trilogia O Retorno teve seu primeiro livro lançado em dezembro de 2010, Anoitecer.


Sinopse

Elena Gilbert, uma garota órfã que vive com sua tia, Judith, e sua irmã mais nova, Margaret, ainda está muito abalada com a perda de seus pais. Elena estava de férias na França, mas, no começo do ano letivo, volta à pequena cidade de Fell's Church, onde reencontra suas melhores amigas: A sensata Meredith e a pequena Bonnie. Bonnie pede para ler sua mão e vê que Elena vai conhecer um homem moreno e não muito alto, mas que já foi alto. Um rapaz chega à escola logo em seguida. Elena descobre que seu nome é Stefan Salvatore e quer tê-lo a todo custo. Entretanto, a vida de Stefan é rodeada de vários mistérios, que são intensificados com a chegada de seu irmão mais velho, Damon Salvatore. Os irmãos têm antigas desavenças, que foram geradas pelo amor a uma mesma mulher, Katherine Von Swartzschild. Numa atmosfera de mistério, suspense e amores, os segredos vampíricos e sobrenaturais da pequena cidade são intensificados com inúmeros acontecimentos extraordinários, e Elena, Stefan e Damon se veem cada vez mais ligados.

Diários do Vampiro: O Despertar

 

O primeiro livro introduz o leitor à Elena Gilbert, uma bela e popular estudante do Ensino Médio da pequena cidade de Fell’s Church, em Virginia, e seus amigos: Bonnie, Meredith, Matt, e Caroline – uma velha amiga de Elena que agora compete com ela.
Quando começa seu último ano, Elena persegue um novo e misterioso rapaz, Stefan Salvatore. Stefan resiste à determinação de Elena com frieza, mas ela ocasionalmente descobrirá seu segredo: Stefan é um vampiro com séculos de idade. Enquanto Elena e Stefan estão apaixonados, estranhos acontecimentos começam a abalar a cidadezinha e um sombrio e sedutor estranho aparece para Elena.
Ocasionalmente, Elena aprenderá que aquele estranho é o irmão mais velho de Stefan, Damon Salvatore. Na Itália Renascentista, os dois irmãos se apaixonaram por uma jovem vampira chamada Katherine, que, encantada por ambos, optou em transformá-los, para ter aos dois como amantes. Ao descobrir que teriam que dividir sua amada, os irmãos Salvatore começam a brigar. Katherine foge, desamparada. No dia seguinte, ela é encontrada morta. Cometera suicídio, na esperança de que, com sua morte, os irmãos se reconciliassem. Infelizmente, sua ação tem um resultado oposto ao desejado, e Damon e Stefan pegam em espadas e lutam até a morte. Acordam em suas tumbas. O sangue que trocaram com Katherine havia sido suficiente para evitar a morte real, transformando-os em vampiros.

Diários do Vampiro: O Confronto

 


O segundo livro começa de onde O Despertar termina, com um buraco onde Damon está tentando ganhar o afeto de Elena e Stefan luta pra sobreviver. Quando Stefan desaparece, Elena procura por Damon e o confronta no cemitério.
Elena e seus amigos acham Stefan em um poço, quase morto, e Elena salva-o dando-lhe um pouco de seu sangue. Elena também troca sangue com Damon. Embora contrariada, ela encontra-se entre os dois irmãos assim como Katherine há séculos.
Enquanto espera por Stefan em uma noite, Elena sente-se como se uma presença estivesse fazendo uma tempestade ao seu redor, e freneticamente ela tenta fugir pela travessia da ponte sobre um rio. O carro de Matt – quem a emprestou-lhe – vira para fora da estrada e para o rio, e então Elena se afoga.

Diários do Vampiro: A Fúria

 

 

O terceiro livro trata de Elena com sua adaptação ao vampirismo, bem como a sua confusão entre os dois irmãos. Embora tenham que ficar fora do caminho da cidade por causa do novo vampiro caçador, Stefan, Damon, Elena e os amigos dela terão que pesquisar sobre a sombria presença que tem ultrapassado a cidade e que também é suspeita por estar por trás da morte de Elena.
Finalmente eles descobrem que esse tal "poder" é Katherine, que falsificou seu próprio suicídio séculos atrás. Agora ela está determinada a se vingar dos dois irmãos por terem esquecido dela e terem se apaixonado por Elena. Ela planeja matar Elena e os irmãos Salvatore, enquanto também planeja disparar Fell’s Church e todos os outros para o mesmo fim.



Diários do Vampiro: Reunião Sombria

 

O quarto livro começa seis meses após a morte de Elena. Este livro é contado à partir do ponto de vista de Bonnie. Em uma festa de aniversário surpresa à Meredith, Bonnie e Caroline (juntamente com mais três amigas da escola) contatam Elena usando um tabuleiro de Ouija.
Elena avisa-lhes que todos da cidade estão em perigo. Ela diz que elas precisam chamar alguém, mas é interrompida, presumivelmente pelo espírito malígno, antes de dizer-lhes o resto. Antes de todas as meninas conseguirem sair da casa, uma delas é jogada pela janela do segundo andar e morre. Outra das garotas se torna insana após esse acontecimento.
Com a ajuda de Matt, Bonnie e Meredith executam um feitiço para chamar Stefan, e ele aparece à cidade com Damon. Os cinco trabalham para achar a origem do mal na cidade. A origem é Klaus, um vampiro muito antigo que transformou Katherine, a vampira que transformou Stefan e Damon. No final, depois da batalha que levou Stefan à beira da morte, Bonnie chama Elena para ajudar. O exército de espíritos é liderado por Elena, e ela é capaz de ajudar Stefan e Damon à derrotar Klaus.

A nova trilogia O Retorno

 

O quinto livro começa com Elena voltando dos mortos. Ela volta do além com poderes humanos, o que faz seu sangue pulsar com uma força esmagadora e única, sendo irresistível para todos os vampiros.
Algo possui Damon e a cidade corre perigo. E ele faz um pacto com o demonio, mandando Stefan ir a um lugar parecido com o inferno. Matt, Meredith e Bonnie tambem correm perigo e necessitam da ajuda de Damon. Damon tem que cuidar de Elena e quer ela como sua princesa das sombras, mas quase a mata por estar possuido. Elena acredita que Stefan a abandonou. Mas ela tem que deixar isso de lado e salvar aos seus amigos e a cidade.

Diários do Vampiro: O Retorno: Almas Sombrias

 

 Damon, amável e delicado, e Elena, com o coração dilacerado, viajam - literalmente - para o inferno. Damon penitente, juntamente com Elena e Matt seguem a procura de Stefan na dimensão mais escura na tentativa de libertá-lo da prisão que ele encontrou no lugar de salvação. O que mais você gostaria em uma viagem com os seus melhores amigos? A captura: Bonnie e Meredith se juntam a Elena e todos os três são obrigados a entrar como escravos na propriedade. Até lá você tem que usar uma coleira, acorrentado e amarrado, e ser considerado como o escravo de um vampiro - Damon. Enquanto isso, Stefan está definhando na prisão, dependendo dos sonhos de Elena para mantê-lo distante da morte.

 

Diários do Vampiro: O Retorno: Meia-noite

O grupo de sobreviventes retorna para Fell's Church, há amigos para encontrar na cidade que está em ruínas. Meredith faz uma descoberta terrível na sua investigação, e Bonnie tem uma experiência fora do corpo que pode explicar todo o caos que está acontecendo. Matt enfrenta Caroline, enquanto Elena deve enfrentar a questão mais importante de sua vida: a quem ela realmente pertence? A Stefan ou a Damon?
Foi lançado 04 de dezembro de 2010, nos EUA.


The Vampire Diaries: The Hunters

Em seu site oficial, a autora, Lisa Jane Smith, anunciou estar escrevendo uma nova trilogia de The Vampire Diaries, intitulada The Hunters. Contará com três livros: The Hunters: Phantom, The Hunters: Moonsong e The Hunters: Eternity, ainda não publicados nos Estados Unidos.

Contos

Todos os contos são escritos por L.J. Smith.

Matt & Elena: First Date (Primeiro Encontro)

Se passa antes da série.Uma série bem atrativa...

Bonnie & Damon: After Hours (Depois do Expediente)

Se passa durante a série. É recomendado ter lido os quatro livros antes.

Blood Will Tell

Uma versão alternativa do quarto livro. Deve ter lido até Reunião Sombria.

Prévia

Disponível originalmente no site da autora (Lisa Jane Smith).

The Trees (As Árvores)

Se passa depois de Reunião Sombria. Deve ter lido os quatro livros antes. É um aperitivo para O Retorno - Anoitecer.

 

domingo, 13 de março de 2011

As melhores bandas góticas do mundo

Epica

Epica - banda gótica
Epica é uma banda neerlandesa de metal sinfônico e gótico, fundada por Mark Jansen (ex-guitarrista do After Forever) no final de 2002. Epica utiliza vocal soprano e gutural e suas letras retratam o amor, o ódio, a agonia, a revolta, a cultura e o sentido da vida.
Membros da banda gótica:
  • Simone Simons – Vocal (mezzo-soprano)
  • Mark Jansen – Guitarra e vocal gutural
  • Ad Sluijter – Guitarra elétrica e guitarra acústica
  • Yves Huts – Baixo
  • Coen Janssen – Teclado, Piano e sintetizadores
  • Ariën van Weesenbeek – Bateria

After Forever

After Forever - Banda gótica
After Forever é uma banda dos Países Baixos de Symphonic Gothic Metal, que baseia-se no uso de vocais sopranos, guturais e limpos.
Membros da banda gótica:
O After Forever foi originalmente formado por Sander Gommans e Mark Jansen
  • Floor Jansen – Vocal (soprano coloratura)
  • Sander Gommans – Guitarra e vocal gutural
  • Bas Maas – Guitarra e vocal (desde 2002)
  • Luuk van Gerven – Baixo (desde 1996)
  • Andre Borgman – Bateria (desde 2000)
  • Joost van den Broek – Teclado (desde 2004)

Tristania

Tristania - Banda Gótica
Tristania é uma banda de metal gótico da Noruega fundada em 1996.
A música da banda é geralmente classificada como metal gótico com influências do doom metal. Em seus primeiros lançamentos a banda tinha um som baseado em riffs do black metal com teclado dominante, com bastante foco nos vocais femininos “teatrais” e instrumentos musicais tipicamente eruditos como o órgão de tubos, a flauta e o violino. A banda também faz uso extenso do vocal gutural de Morten Veland. Em álbuns posteriores, a banda procurou balancear mais o estilo vocal e adotar uma postura mais progressiva em seu som.
Membros da banda gótica:
  • Mariangela “Mary” Demurtas – vocal feminino
  • Østen Bergøy – vocais limpos
  • Einar Moen – teclado
  • Anders Hoyvik Hidle – guitarra e vocal gutural
  • Rune Østerhus – baixo
  • Kenneth Olsson – bateria

Lacuna Coil

Lacuna Coil - Banda Gótica
Lacuna Coil é uma banda de metal gótico formada em Milão, Itália, em 1996. Outros nomes da banda, antes de chegar ao atual, foram Sleep of Right e Ethereal. A banda é inspirada pelo imaginário gótico, e seus membros são conhecidos musicalmente por compor canções que consistem em linhas de guitarra entrelaçadas com o teclado, contrastando com vocal feminino e masculino, tornando o som bastante melódico.
Membros da banda gótica:
  • Cristina Scabbia – vocalista
  • Andrea Ferro – vocalista
  • Cristiano Migliore – guitarrista
  • Marco “Maus” Biazzi – guitarrista
  • Marco Coti Zelati – baixista
  • Cristiano “CriZ” Mozzati – baterista

Cradle of Filth

Cradle of Filth - Banda gotica
Cradle Of Filth é uma banda inglesa de Suffolk, Londres, formada em 1991.
O seu estilo musical tem levantado muita discussão, pelo que se referenciará Extreme Gothic Metal, Symphonic Metal, Symphonic Black Metal, Vampyric Metal, Death Metal Melódico, Horror Metal. Os seus temas líricos destacam-se por literatura gótica, poesia, erotismo, vampirismo, mitologia e filmes de horror. Aposta numa caracterização maquiavélica de criaturas guerreiras e demoníacas e numa teatralização de movimentos. É tida como uma das bandas mais espectaculares do género musical, e a que mais tem destacado novo público a esse domínio.
Membros da banda gótica:
  • Dani Filth – Vocal
  • Sarah Jezebel Deva – Backing vocal
  • Paul Allender – Guitarra
  • Charles Hedger – Guitarra
  • Rosie Smith – Teclado
  • Dave Pybus – Baixo
  • Adrian Erlandsson – Bateria

Sirenia

Sirenia - Banda gótica
Sirenia banda norueguesa de gothic metal, criada depois da saída de Morten Veland da banda Tristania. Apresenta uma sonoridade muito coesa, característica das composições de Veland.
Membros da banda gótica:
  • Ailyn (vocais femininos)
  • Morten Veland (vocal e guitarra)
  • Jonathan A Perez (bateria e percussão)
  • Bjørnar Landa (guitarra)

História do rock brasileiro


O rock brasileiro nasceu tão logo Elvis Presley disparou o primeiro dos três acordes de That's Alright Mama, e as primeiras cenas de "Rock Around The Clock/Balanço das Horas" - passaram nas telas dos cinemas brasileiros, com a trilha sonora de Bill Halley & His Comets. Em meados dos anos 50, inicialmente pelas mãos e vozes de orquestras de baile e cantores populares, como Betinho e Seu Conjunto, Nora Ney e Cauby Peixoto, o rock and roll tomou conta dos rádios, televisões e produziu ídolos como Sérgio Murillo, Tony e Celly Campello. Em seguida, com a entrada em cena da fase instrumental, os novos roqueiros agregaram à história do rock nacional os sons das guitarras, influenciados por grupos como os ingleses Shadows e os americanos Ventures, ampliando a cultura musical da juventude. Depois, nos anos 60, com a chegada dos Beatles, dos Rolling Stones e Jimi Hendrix, vieram a Jovem Guarda, a Tropicália e o som de garagem, com seus yê-yê-yês, distorções de guitarras e contestação. A experiência acumulada desembocou na geração dos anos 70, com o rock made in Brazil, que aprofundou as misturas sonoras, incorporando o progressivo, a música rural e outros sons nordestinos. As várias fases do rock brasileiro seguem explicadas abaixo.

Anos 50

A história do rock no Brasil é basicamente a mesma dos demais países, exceto Estados Unidos, onde ele nasceu, e Inglaterra, onde, de certa forma, o skiffle assimilou a seu jeito e de forma mais rápida a nova linguagem musical. Ao chegar em terras brasileiras, diante da inexperiência dos jovens frente ao ritmo novo, aos instrumentos e, mesmo, à falta de espaço social para a juventude, o rock and roll foi absorvido inicialmente pelas orquestras de jazz, e pelos cantores tradicionais, responsáveis pelos primeiros hits do novo gênero. Assim, Nora Ney, uma cantora de boleros e samba canção, gravou o primeiro rock – Rock Around the Clock (em inglês); Betinho e seu Conjunto é responsável pelo primeiro rock com guitarra elétrica, o clássico Enrolando o Rock, onde tocou uma Fender Stratocaster; e, ainda, é do compositor Miguel Gustavo, com interpretação de Cauby Peixoto, o primeiro rock com letra em português – Rock and Roll em Copacabana. Mas, de forma especial, foi com a exibição do filme Balanço das Horas (Rock Around the Clock), com trilha sonora de Bill Halley & His Comets, que o rock and roll estourou no país, provocando tamanha confusão nos cinemas, que levou, por exemplo, o governador de São Paulo, Jânio Quadros, a emitir "Nota Oficial", com o seguinte conteúdo: "Determine à polícia deter, sumariamente, colocando em carro de preso, os que promoverem cenas semelhantes. Se forem menores, entregá-los ao honrado Juíz. Providências drásticas". Também marco histórico do nascimento do rock nacional é o 78rpm com as músicas Forgive Me/Handsome Boy, gravado em 1958 pelos irmãos Tony Campello e Celly Campello, vindos do interior de São Paulo, que abriu definitivamente o caminho do disco, dos programas de rádio e televisão e shows. Depois, vieram Sérgio Murilo, Demétrius, Baby Santiago, Wilson Miranda, Ronnie Cord e outros, como Erasmo Carlos (com os Snakes), Eduardo Araújo, Albert Pavão e Renato e Seus Blue Caps, que fizeram a história daquela e das futuras gerações. Entre os clássicos da época, destacaram-se, entre outros, Rock de Morte (Sérgio Murilo), Rock do Saci (Demétrius), Bata Baby (Wilson Miranda), Estou Louco (Baby Santiago), Vigésimo Andar (Albert Pavão), Banho de Lua (Celly Campello), Rua Augusta (Ronnie Cord), Baby Rock (Tony Campello) e Diana (Carlos Gonzaga).

Anos 60

A década de sessenta abriu com a mistura de rock tradicional, som instrumental, surf music e outros ritmos como o twist e o hully gully. Com o surgimento dos Beatles e dos Rolling Stones, o rock brasileiro explodiu definitivamente sob diversas formas, transformando-se em um dos mais criativos da América Latina. O movimento Jovem Guarda, liderado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, envolveu a maioria da juventude, com programas de televisão, shows ao vivo e inúmeros discos, entre lps e os lendários compactos. Em 1966, sob o comando de Roberto Carlos (foto), o I Festival de Conjuntos da Jovem Guarda, promovido pela TV Record, espalhou a febre do rock pelo país, que tomou conta das garagens, clubes sociais, televisões regionais, festas de igreja e aniversários. Além dos três, também destacaram-se os cantores Eduardo Araújo e Ronnie Von e os grupos Renato e Seus Blue Caps, Os Incríveis e The Fevers, entre outros. Ao lado da Jovem Guarda, também a Tropicália, eliminando as fronteiras sonoras e culturais, introduziu a guitarra na tradicional MPB e o discurso político no rock, produzindo a versão brasileira da psicodelia mundial. Neste movimento, destcaram-se intérpretes, compositores e arranjadores como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Rogério Duprat e, de forma especial, o grupo Mutantes. Ainda, além desses espaços mais visíveis, o som de garagem também marcou a sua presença no cenário roqueiro nacional, por meio de inúmeros grupos que deixaram raros lps e compactos para a história, como Som Beat, Baobás, Beat Boys e Liverpool.

Anos 70

Os anos 70 foram marcados pelas bandas e intérpretes "made in Brazil", que afirmaram definitivamente a identidade do rock nacional, compondo e cantando em português e, também, ampliando o domínio da técnica, dos equipamentos e dos estúdios. Foi a década que também introduziu no país os grandes shows, tanto em casas de espetáculos, ginásios e, de forma especial, ao ar livre. Iluminados pelo exemplo dos Mutantes, dezenas de grupos desdobraram-se em variadas experiências, do rock visceral do Made In Brazil, ao progressivo Som Nosso de Cada Dia, liderado pelo ex-Incríveis Manito, passando pela psicodelia barroca d'A Barca do Sol, pelo rock rural do Ruy Maurity Trio ou pela mistura de progressivo/erudito/música regional do grupo O Terço, entre outros. Destacaram-se ainda nos anos setenta, os grupos Som Imaginário, O Peso, Bixo da Seda, Moto Perpétuo, Módulo Mil, Arnaldo (Baptista) & Patrulha do Espaço; Sá, Rodrix & Guarabira; Secos & Molhados e Veludo, entre outros. O grande destaque desta década é o surgimento de Raul Seixas que, depois de liderar o grupo Raulzito e Os Panteras, em meados dos anos sessenta, e produzir inúmeros artistas para a CBS, entre eles Jerry Adriani, transformou-se no maior roqueiro do Brasil, com sua colagem universal de Elvis Presley/John Lennon/Luiz Gonzaga.

Anos 80

Nos anos 80, o rock brasileiro se firma no mercado. Nomes consagrados da MPB e da música romântica cedem espaço nas paradas de sucesso a artistas influenciados pelas novas tendências internacionais. Punk, new wave e reggae ecoam no Brasil. O grupo Blitz, liderado por Evandro Mesquita, é o primeiro fenômeno espontâneo. Sua música "Você não soube me amar", de 1982, é sucesso nacional. Segue-se um surto de novos talentos, como Barão Vermelho, que tem Cazuza, considerado o maior letrista do rock brasileiro dos anos 80, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Camisa de Vênus. São eles os novos interlocutores da juventude. Uma fusão de MPB com a música pop internacional ganha espaço no rádio. Eduardo Duzek, Marina Lima, Lulu Santos, Lobão e Ritchie são os representantes dessa tendência. O grupo paulistano RPM, liderado por Paulo Ricardo, chega a vender 2 milhões de discos entre 1986 e 1988. Ainda de São Paulo emergem Ultraje a Rigor (com a música Inútil) e Titãs, cujo disco Cabeça dinossauro transforma-se em marco da musicalidade produzida no período.
Veja uma lista das bandas nacionais que mais se destacaram nos anos 80:
Blitz, Barão Vermelho, Camisa de Vênus, Titãs, Ultraje a Rigor, Ira!, Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Havaí, RPM, Cabine C, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Heróis da Resistência, João Penca e os Miquinhos Amestrados, Capital Inicial, Plebe Rude, Finis Africae, Biquini Cavadão, Lobão e os Ronaldos, Ritchie, Rádio Táxi, Roupa Nova, Lulu Santos, Leo Jaíme, Kiko Zambianchi, Os Inocentes, Cólera, Ratos de Porão, Garotos Podres, Olho Seco e Mercenárias

Anos 90

Nos anos 90, aparecem grupos cantando em inglês, que abrem perspectivas de sucesso internacional. O grupo mineiro Sepultura consagra-se na Europa e nos Estados Unidos. O grupo paulistano Viper conquista o Japão. A partir de 1993 voltam a fazer sucesso bandas que cantam em português e incorporam ritmos regionais nordestinos, como os Raimundos (de Brasília) e Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A (do Recife).

segunda-feira, 7 de março de 2011

Rock emo

Emo (pronunciado /ˈiːmoʊ/ como originalmente em inglês, embora adaptações do termo em diferentes línguas ao redor do mundo sejam comuns) é um gênero musical pertencente ao Rock tipicamente caracterizado pela musicalidade melódica e expressiva, e por vezes vezes letras confessionais. Originou-se entre o Hardcore punk em meados de 1980, Washington DC, onde era conhecido como "emotional hardcore" ou "emocore" e cujas bandas pioneiras foram Rites of Spring e Embrace, parte da primeira cena do Post-hardcore conhecida como Revolution Summer. Como o estilo contemporâneo foi ecoado por bandas de Punk rock estadunidense, seus som e significado mudaram e se transformaram com a mistura ao Indie rock e sua entrada como um subgênero do mesmo, no início de 1990, por grupos como Cap'n Jazz, Jawbreaker, Braid, Mineral e Sunny Day Real Estate. Até meados dos anos 1990 numerosos actos emo surgiram a partir do meio-oeste e da região central dos Estados Unidos, e várias gravadoras independentes começaram a se especializar no gênero.
O Emo entrou na cultura popular no início da década de 2000 com o sucesso de Jimmy Eat World e Dashboard Confessional e da emergência do subgênero "Screamo". Nos últimos anos, o "emo" tem sido aplicado por críticos e jornalistas para uma variedade de artistas, incluindo as bandas com grande popularidade e actos premiados, e grupos com diferentes estilos e sons, especialmente o Pop punk de Simple Plan, Good Charlotte, Fall Out Boy, Panic! at the Disco e vários outros, fugindo à tradicional definição de 'Hardcore punk não-ideológico' e seus derivados diretos (como fora o caso da maioria dos grupos rotulados de Emo antes do Século 21).
My Chemical Romance, Coheed and Cambria, Thursday, Matchbook Romance e Saosin são exemplos de bandas relativamente modernas com influências – desconsideráveis a parcas, moderadas dependendo do álbum – do que era Emo nos anos 90 e do que era Post-hardcore nos anos 80, e que atingiram considerável popularidade. Ao contrário do que se pensa no senso-comum brasileiro, o gênero Emo não está "morto", ao menos nos Estados Unidos. Isso sem falar nas bandas Indie Emo – ou seja, a forma purista, tradicional, do gênero – de pequena popularidade que continuam a surgir até hoje, na década de 2010.
Atualmente, os termos "emo" e "emocore" não mais definem um gênero com as mesmas origens e características, mas sim encarados como um termo 'guarda-chuva' para tudo o que seja melódico e expressivo, o que gera muita confusão e polêmica sobre os rótulos de bandas dos mais variados gêneros, desde o Teen Pop até o Heavy Metal. Muitos críticos consideram o próprio termo "emo" como uma forma de ofensa.
Além da música, o termo "emo" é frequentemente usado mais genericamente para significar uma relação particular entre fãs e artistas, além de descrever aspectos relacionados com a moda, cultura e comportamento, embora não se trate de uma subcultura verdadeira pois o Emo, desde a sua origem, foi um gênero nascido para não ter ideologia em comum. Apesar disso, nos últimos 7 anos muitas pessoas adotaram esses aspectos como uma tribo urbana, e mais, um estilo de vida.

Origem

Existem várias versões que tentam explicar a origem do termo "emo", como a que um fã teria gritado "You´re emo!" (Você é emo!) para uma banda (os mitos variam bastante quanto a banda em questão, sendo provavelmente o Embrace ou o Rites of Spring).
No entanto, a versão mais aceita como real é a de que o nome foi criado por publicações alternativas como o fanzine Maximum RocknRoll e a revista de Skate Thrasher para descrever a nova geração de bandas de "hardcore emocional" que aparecia no meio dos anos 80, encabeçada por bandas da gravadora Dischord de Washington DC, como as já citadas Embrace e Rites of Spring, além de Gray Matter, Dag Nasty e Fire Party. Aparentemente, o termo "emocore" é uma abreviação de emotional hardcore, e o termo "emo" surgiu para dar espaço aos subgêneros como Screamo e 90's Emo, que não eram -core por não serem derivados diretos e puristas do Hardcore punk.
É importante lembrar que nenhuma destas bandas jamais aceitou ou se auto-definiu através deste rótulo. A palavra "Emo" foi vista como uma piada, ou algo pejorativo e artificial, seja uma forma de tentar excluir do Hardcore punk tudo o que não tivesse temas estritamente ideológicos (o que seria limitante e conservador demais), seja uma forma de criar uma jogada de marketing sobre algo que, segundo eles, seria perfeitamente parte do já citado gênero musical Hardcore punk, respectivamente.
Nesta época, outras bandas já estabelecidas de Hardcore punk, como Nation of Ulysses e Shudder to Think, também aderiram a esta onda inicial do chamado "emocore", diminuindo o andamento, escrevendo letras mais introspectivas e acrescentando influências do Pop punk de então, que era radicalmente diferente do que seria chamado de Pop punk nos anos 2000. Hüsker Dü (banda de formação anterior a Rites of Spring), Policy of 3, One Last Wish, Fuel, Still Life, Moss Icon, Lifetime, Hot Water Music, Small Brown Bike e Fugazi também foram importantes bandas desse cenário onde as primeiras diferenças do Hardcore punk com o Post-hardcore e o Emo começavam a serem notadas.
Após a supervalorização inicial da intensidade e da sonoridade caótica, o emotional hardcore sofreu um processo de "desacelaração". Já estabelecida essa primeira cena melódica, expressiva e confessional de Hardcore punk, as bandas que começaram a surgir no interior estadunidense absorveram características do então ascendente e crescente Indie rock durante os anos 90, como já foi dito. A partir daí, houve uma explosão na quantidade de bandas que seriam possíveis de serem rotuladas como Emo, e o tabu que cercava o rótulo se desfez até a explosação mainstream do tão polêmico subgênero Emo-pop (embora a maioria dos fãs de 90's Emo, da primeira geração do Screamo e das bandas pioneiras citadas desacreditem que o mesmo faça parte da cena), que possui, se muito, alguns traços de Hardcore punk e Indie rock em meio ao Pop punk.

Os álbuns mais representativos do Emo

Concerto da banda estadunidense Funeral Diner, do subgênero Screamo, na Alemanha.
No número #179 da revista espanhola Rockdelux publicou-se uma retrospectiva sobre o Emo onde se elegeram os doze discos mais representativos do género. Estes álbuns foram os seguintes:
  • Jawbreaker - Bivouac (1992)
  • Jawbox - For Your Own Special Sweetheart (1994)
  • Sunny Day Real Estate - Sunny Day Real Estate (LP2) (1995)
  • Christie Front Drive - Christie Front Drive (1996)
  • Sense Field - Building (1996)
  • Texas Is the Reason - Do You Know Who You Are? (1996)
  • The Promise Ring - Nothing Feels Good (1997)
  • Mineral - End Serenading (1997)
  • The Get Up Kids - Four Minute Mile (1997)
  • Knapsack - This Conversation Is Ending Starting Right Now (1998)
  • The Van Pelt - Sultans of Sentiment (1999)
  • Jimmy Eat World - Clarity (1999)

Chegada ao Brasil

Estereótipo dos fãs de Emo-pop, que começou como um clichê preconceituoso, mas foi interpretado pela mídia estadunidense como tribo urbana, e os novos fãs adotaram o mesmo
No Brasil, a "tribo urbana emo" se estabeleceu sob forte influência estadunidense em meados de 2003, na cidade de São Paulo, espalhando-se para outras capitais do Sul e do Sudeste, e influenciou também uma moda de adolescentes caracterizada não somente pela música, mas também pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e pelo visual, que consiste em geral em trajes pretos, listrados, Mad Rats (sapatos parecidos com All-Stars), cabelos coloridos e franjas caídas sobre os olhos. Porém, os fãs das bandas Emo já estabelecidas no Brasil (desde 1997) até então conhecidos faziam parte do estilo HxCx, e a criação dos modernos estereótipos sobre os mesmos, como as franjas, se deu a partir do começo do Século XXI. Fãs modernos das bandas de 90's Emo, e das primeiras gerações do Post-hardcore e do Screamo, geralmente são Indie hipsters, embora praticamente todos desacreditem completamente na associação da música Emo com o que é chamado de tribo urbana.
Existe uma polêmica de que as bandas tidas no senso-comum como Emocore são na verdade Pop Punk ou pertencentes a outros gêneros e indignas do rótulo, ao mesmo tempo chamando o Emo do Século passado (ou seja, anterior ao fenômeno Emo-pop) de Real Emo, sendo o último considerado superior por motivos que variam desde seus temas mais artísticos e mais profundos, até um instrumental de melhor qualidade e complexidade. Isso explica a diferença entre os scenesters que consideram Emo como estilo de vida e os fãs de Emo (jamais "emos") que são Indie hipsters. Entretanto, o conhecimento do Real Emo ainda pertence a um Universo extremamente alternativo, e a maioria da população associa o gênero Emo por completo (ou o que conhecem dele) ao mesmo estereótipo que só começou a aparecer por volta de 2002, 17 anos depois do "nascimento" do gênero musical citado neste artigo.

Discriminação e ódio

Devido ao surgimento e ascensão mainstream de bandas de Pop punk — e não Emo, mas rotuladas como tal por quase toda a sociedade (ainda que exista quem coloque Real Emo e Emo-pop no mesmo rótulo argumentando que houve sim evolução de um gênero ao outro) — com nível de qualidade musical questionável segundo certos grupos de fãs de outros gêneros de Rock, os mesmos associam os fãs de Emo a depressivos de orientação sexual questionável (o que segundo eles é um motivo para as manifestações de ódio) e os fãs de Emo segundo o estereótipo sofrem de agressões verbais, em alguns casos até mesmo agressões físicas[1]. O ódio cresce no Brasil mais rapidamente que o gênero musical Emo, que encontra-se ainda praticamente desconhecido por todo o mundo, ao contrário das bandas de Pop punk rotuladas como Emo e da subcultura que imagina-se como um estereótipo dos fãs de Emo. Como o Brasil é um dos países campeões mundiais em homofobia, o ódio às citadas bandas e subcultura se tornou um grande alvo de polêmica da sociedade, que em sua maioria passou a concordar com os grupos anti-Emo. Fenômenos parecidos se formaram no México, nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Alemanha, na Polônia e na Rússia, nas 3 últimas os membros da "subcultura Emo" são frequentemente visados por ataques praticados por grupos neonazistas.

domingo, 6 de março de 2011

Poeta


Poeta
Porque você é tão estranho, solitário?
Mente aguçada nas palavras
Parece criar mundos perfeitos
em suas belas palavras

Vejo sentimentos imortalizados
nos corações das palavras
suas palavras e sentimentos batem
no meu coração magoado

Cria mundos sem saber,
pessoas ficam paralisadas com o que lê
elas lê o que precisam
saber o que não sabe para viver

Mundos distantes, um coração gigante
Seus sentimentos são extremos
E sua alma, inconstante.
Será que o pequeno poeta é feliz?

Vejo tristeza nos seus olhos,
doces gotas caem levemente
no seu rosto macio,
no seu rosto doente.

Será que o pequeno poeta é feliz?
Palavras são a sua maior compania
Elas são as únicas que o entende.
O seu mundo estranho, e inconstante

Será que o pequeno poeta é feliz?
Fácilmente dominado,
seus sonhos o atormentam,
seu coração quase sempre magoado.

Você é fraco, poeta
Suas palavras parecem sonhar
Mas é facilmente dominado,
por um simples olhar.

Você é fraco, poeta
Você não tem sorriso próprio
Tem muito medo de viver
Não tem nem amor próprio.

Você é muito fraco poeta,
não consegue viver nesse mundo
nesse mundo real, realidade
só quer viver no seu mundo de sonhos.

Você é sonhador, poeta
Sonha para amar, sonha na esperança
de encontrar um coração a amar,
na esperança de realizar todos aqueles sonhos,
que um dia veio a idealizar

Poeta, você pode ser fraco
mas tem honra no que tem a dizer
Nunca será um domador,
será sempre um sonhador
E para sempre, criará mundos paralelos,
de dor, e pricipalmente de amor
...
Será que você é feliz...
poeta?

Poemas góticos

Lágrimas depressivas

É assim todo o dia
O sol clareia brando
A lua suaviza meu pranto
Medito sobre minha vida vazia

Lágrimas de suplício
Lágrimas geladas...
Lágrimas desperdiçadas...
Tentando aliviar meu martírio

E eu odeio tudo isso
Odeio sentir essa tortura
Ser seguida por essa amargura
Até já tentei suicídio

Minha lamúria
Meu terror que queima minha alma
Minha mortificação que não me deixa ter calma
Minha eterna fúria

Lágrimas...
Lágrimas de dor
Lágrimas sem amor
Mágoas...

Tentei me afogar
Nessa lamentação inútil
Nesse lamento fútil
Na bruma que disfarça o mar

Mas isso não me protegeu
Só me trouxe mais aflição
Só trouxe minha crucificação
Mas isso não me abateu

Pois, assim como eu
Nesse mundo profano
Sufocado nesse desejo insano
Muita gente morreu...

Nessa imortal depressão




    

Listas de bandas de rock gótico

Rock gótico

Rock gótico é um subgênero do rock que surgiu no fim dos anos 70 e música característica da subcultura gótica, inspirado essencialmente na atmosfera decadentista do pós-punk e em sua emergente estética.

Origem

"A atmosfera é realmente maléfica, mas você se sente à vontade dentro dela". Ao fazer um comentário sobre o lendário filme Nosferatu, Bernard Summer, o guitarrista da banda Joy Division, gerou a definição que muitos consideram a mais concisa do assunto.
Dizem que os Anos Dourados foram os anos 50 e os anos 80 a "Década Perdida". Mas para muita gente (góticos ou não) os anos 80 foram uma era dourada em termos musicais. Sem pôr em dúvida a qualidade inegável do Rockabilly (som típico dos anos 50), o "Iê-iê-iê" é o começo da abordagem de temas polêmicos como o diabo, o ocultismo, drogas, sociedade alternativa dos anos 60. Bandas como Beatles, Rolling Stones e The Doors influenciam até hoje. Nos anos 70, inicio do Heavy Metal, que hoje tem um conceito totalmente diferente devido à popularização do New Metal e de outro lado o Metal Melódico, também se firmava sobre esses temas. Também nessa época o Hard Rock, o Glam Rock e, no fim da década, o Horror Punk. Para explicar a música gótica, ou "Gothic Rock", uma passagem em todos esses estilos será necessária, mostrando que o rock em si é uma teia com ligações inesperadas, gerando novos gêneros a cada dia.

Anos 80

Os anos 80 ficaram conhecidos como a "Década Perdida" na América Latina, devido a estagnação econômica vivida pela região durante a época. Crises econômicas, volatilidade de mercados, problemas de solvência externa e baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). No Brasil ocorria o fim do chamado “Milagre Econômico”, dada a época de excepcional crescimento econômico ocorrido durante a ditadura militar. No resto do mundo representou o fim da "Idade industrial" e início da "Idade da Informação". Talvez por isso um momento bem propício para o surgimento do gênero musical em questão e seus parentes próximos mais eletrônicamente dispostos, (Metal Industrial, EBM, Synthpop e etc.) já que a Disco Music(que já havia enfraquecido), a House Music e a maioria dos outros tipos de música eletrônica se apoiavam em diversão apenas, tratando qualquer assunto sério com subjetividade (o amor é sempre mais bem visto para tema nesses moldes) e concebendo experimentalismo dançante para festas e clubes. Mas partindo desse príncipio podemos achar raízes para a "Darkwave" sim, de algum modo. Com o surgimento da MTV muitos artistas ligados ao "Gothic Rock" tiveram vários clipes veículados, o que ajudava na divulgação de seu trabalho. David Bowie, influênciado pela Disco Music, lançou o álbum Let´s Dance. Voltou ao loiro, usava topete e ternos coloridos; Que também eram uma característica dos "New Romantics". O movimento New Romantic, conhecido também como "Romo", era um estilo musical e de moda surgido nos anos 80 na Inglaterra. Posterior ao estilo New Wave (fim dos anos 70), estilo este que acabou se dividindo entre New Romantic, Gothic Rock e movimentos Post-Punk. Da influência de Bowie ainda se pode dizer muito, tanto em música como em outros aspectos da subcultura. É muito provável que góticos usem Ankhs só por causa dele. No filme "Hunger/Hunger–Fome de Vida", Bowie interpreta um vampiro e usa um exemplar afiadíssimo para ferir a jugular de sua vitimas já que não tinha dentes afiados. Essa imagem também ficou marcada pelo fundo musical de quando ele saí à caça de uma presa com sua companheira ao som de "Bela Lugosi´s Dead", da banda Bauhaus.

O rock em veludo negro

Já na década de 1950 algumas bandas assumiam um tom macabro de encenação com o rock n' roll, inspirados nos filmes de horror da época e os clássicos de outras épocas. O que mais tarde seria utilizado por bandas de death rock e psychobilly, a diferença para o rock gótico é que a influência vem mais de filmes expressionistas que tinham uma preocupação com a ambientação, o pavor, a atmosfera sufocante. E os filmes genéricos feitos a partir de clássicos (como A filha de Drácula, Jovem Frankenstein, O retorno de Drácula etc.), exibidos em drive-ins, e os filmes B é que estão presentes na cena death. A relação entre as duas coisas é óbvia, esses filmes tinham um caráter irônico, não eram apenas sustos, acabavam por serem divertidos, engraçados mesmo. E o grande forte do death rock é a sua ironia, o humor negro. A estrutura musical dos anos cinqüenta também foi aproveitada.
Nos anos 60 se iniciou uma fase de criação incrivelmente psicodélica no rock, talvez graças ao bem sucedido, disco dos Beatles. O Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band era altamente colorido e experimental, onde foram usadas técnicas que nem eram imaginadas na época para fazerem uma banda de quatro pessoas soar como uma orquestra inteira, instrumentos e sons diferentes, e as faixas foram imendadas umas nas outras. De outro lado bandas como os Rolling Stones mergulhavam em uma atmosfera mais requintada de diabolismo e decadência humana. Their Satanic Majesty's Request, dos Stones, tinha uma abordagem sombria e perturbadora; um exemplo é a música Paint it Black do grupo, que possui vários covers de bandas da subcultura gótica, um clássico melancólico onde Mick Jagger canta querer pintar tudo de preto e vê seu mundo se rendendo a essa cor. Poucas outras bandas da época escaparam da chuva de flores, paz e amor que os hippies evocavam sobre os anos 60, as que conseguiram fizeram de sua missão perturbar a mente de quem quisesse ouvir. Os Stones teriam que competir pelo título de majestade satã se o quisessem só para eles; na metade da década surge o Velvet Underground. Graças ao empurrão de Andy Warhol, rei da pop art, a banda se tornou um grande sucesso. Embora Andy tenha achado que seria uma boa idéia inserir a modelo Nico na banda ela realmente não se integrou muito. O primeiro disco recebeu o nome de Velvet Underground and Nico (cuja famosa capa desenhada por Andy, era uma banana), e após ele a modelo abandonou o grupo e migrou para uma carreira solo, com músicas igualmente melancólicas e sinistras. Andy Warhol acabou também por perder o interesse pela banda, mas a evocação de violência, vicio em sexo e drogas e todo tipo de perdição tinha que continuar, outros membros da banda já assumiam os vocais, mas Lou Reed acabou por tomar a frente. Em 1970 quando deixou a banda para seguir carreira solo ela se deu por extinta. Também o The Doors teve influência na música gótica; Jim Morrison se proclamou o "Rei Lagarto" dizendo que podia fazer o que queria, inclusive era muito cogitada o fato de tocar o que não se pudesse onde diziam que não se devia tocar. Ray Manzarek convenceu seu tímido amigo Jim que suas poesias dariam belas canções, enquanto ele tocava teclados, Robby Krieger guitarra, John Densmore bateria, e Jim ficou nos vocais. Jim Morrison demorou a se soltar, mas a bebida e as luzes da ribalta o fizeram, e em pouco tempo lá estava ele sendo expulso do Whisky a Go Go por tocarem The End, música cuja letra diz "Quero estuprar minha mãe e matar meu pai". Mais tarde, já famosos, participavam ao vivo do Ed Sullivan Show, onde eram vetados em uma parte de Light my Fire; sugeriram que ele não dissesse "menina não poderíamos estar mais chapados", se ao invés poderiam dizer "estar melhores". Mas Morrison não deixou por menos: cantou a letra como era. Sempre no mesmo caminhos em que os hippies espalhavam flores muitas outras bandas trilharam morte, desespero e polemica até os anos 70.

David Bowie e o glam rock

Nos anos seguintes, não se sabia mais para onde ir em termos psicodélicos. Foi então que um estilo de temas igualmente polêmicos aos daquelas bandas perturbadoras dos 60 e com uma nova e apelativa estética apareceu. Cheio de plataformas altas, maquiagem, brilhos e cílios postiços, o glam rock ganhou o território norte-americano, talvez graças às bonecas de Nova York, o The New York Dolls. A banda fazia um rock simples e básico, que posteriormente seria chamado de proto punk; porém sua estética feminina era o que chamava mais atenção: roupas de mulher, batom e maquiagem borrados em marmanjos de voz grossa e corpo peludo. A diferença entre eles e os personagens de David Bowie eram bem vísiveis. Mas foi assim que O glam ou kitsch foi trazido da Inglaterra para os Estados Unidos.
Outra invenção destacada de Bowie se chamava Ziggy Stardust, personagem encarnado pelo músico no disco The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders form Mars. Ziggy era um alienígena andrógino e bissexual, por isso Bowie tingiu os cabelos de ruivo, pôs uma maquiagem exagerada e roupas escalafobéticas com ar feminino e seguiu a turnê desse modo, acompanhado por sua banda The Spiders From Mars. Chegou uma hora que ninguém sabia quem era David Bowie e quem era Ziggy; o autor acabou por se fundir totalmente ao personagem.
Não só Bowie e seu famoso alien foram de fatal importância para a cena darkwave, mas também o T-Rex, o Velvet Underground, o ex-Stooges Iggy Pop e outros (Waiting for the Man, do Velvet Underground, e Telegram Sam, do T-Rex, por exemplo, também receberam cover do Bauhaus). O Álbum Diamond Dogs (1974), de David Bowie, é considerado pelo autor como sendo um pouco gótico,[carece de fontes?] possui músicas apocalípticas e sombrias como We are the Dead. O que fez a fama do cantor foi mesmo o glam rock, movimento do qual Bowie virou um ícone, baseado nas já citadas características (androginia, temas obscuros glamurizados, roupas escandalosas etc.). Definitivamente uma ponte muito próxima para o gothic rock, o glam rock surgiu para salvar a psicodelia da defasagem, mas oficialmente acabou em 75; as bandas que ainda faziam uso do experimentalismo, um pouco da estética e temas do glam acabaram por serem intituladas como punk, por isso, talvez, em 78 o termo estivesse entrando em desgaste. Logo convencionou-se re-intitular essas bandas como bandas new wave, e a Europa ocidental tratou de divulgar o termo, já que todas as bandas surgidas na 2ª metade da década de 70 eram new wave ou nueva olla ou nouvelle vague, não importando necessariamente seu estilo musical ou sua origem; depois de um tempo, também se tornou divulgado o termo pós-punk, principalmente na Inglaterra, que seguia o mesmo conceito de rotulação das bandas novas, mas ao invés de usar a expressão new wave, os jornalistas musicais preferiam o post-punk. A seguir, já no início dos anos 80, as bandas com visual e temas mais pops passaram a ser new wave, enquanto que as mais undergrounds eram as pós punk. Ainda então, bandas da sub-cultura gótica eram classificadas de ambas as formas. Mas posteriormente deixou-se o new wave para bandas com um visual mais colorido (um bom exemplo são os The B-52's) e, para as bandas que adotaram uma tendência mais sombria acabaram por serem pejorativamente rotulados de góticos, ou darks no Brasil; o fato é que acabou pegando essas nomenclaturas em todos os casos mencionados.
Algumas bandas não assumiram o termo, e ficavam situadas tranquilamente entre esses movimentos, como Siouxsie & the Banshees e The Cure. Por outro lado, bandas com estilo musical claramente gótico, buscavam calcar sua imagem com um estilo completamente diferente, para evitar rotulações fáceis porém indesejadas. Um bom exemplo é o Fields Of The Nephilim e sua aparência de gangue criminosa do velho oeste norte-americano.

Os caminhos do rock gótico

Embora originalmente considerado um rótulo para um número pequeno de bandas de rock/pós-punk, o rock gótico possui, hoje, um espectro bem maior - abrangendo em si o Death Rock, a Música Industrial e até algumas bandas da new wave, por exemplo. Enquanto a maioria das bandas punk focava um estilo agressivo, as primeiras bandas góticas eram mais pessoais e introvertidas, com elementos de movimentos literários como horror gótico, romantismo e niilismo. As primeiras bandas consideradas góticas foram: Sisters of Mercy, Bauhaus, Siouxsie & The Banshees, Joy Division, etc. Embora, como já foi dito, nem todas aceitem de bom grado o termo.
O Bauhaus é considerada a banda pioneira do estilo. Surgiram em meados de 78. Bela Lugosi is Dead é um épico com nove minutos de duração, seu single foi lançado pelo selo independente Small Wonder. Bela Lugosi foi um ator que ficou marcado pela interpretação do clássico Drácula, de Bram Stoker. Apesar de não ter sido exatamente um sucesso de vendas, a música definiu tudo aquilo que seria o rock gótico (guitarras fálicas distantes do resto dos instrumentos e um vocal que se mistura a todo o resto como que solto no espaço), e se manteve nas paradas independentes da Inglaterra por anos e anos. Como já foi dito, a ausência de cores e o inconformismo vinham da desconfiança no futuro, graças ao período nuclear da guerra fria, da cortina de ferro, e de crise econômica. Como se pode ver realmente, uma situação propicia para obscuridão e não para louros! A voz e os trejeitos de Peter Murphy, onde se via um comportamento meio glam (influências diretas dos primeiros álbuns solos de Iggy Pop, produzidos por seu amigo David Bowie) é uma presença forte e contribuiu para o culto da banda. O primeiro álbum do Bauhaus foi In the Flat Field, mas o segundo, de 81, Mask, revelou uma maior ambição musical dos pais do gothic rock. Os elementos eletrônicos, metais, misturados à já conhecida fórmula dark gerou um álbum considerado por alguns como ainda melhor que seu predecessor, e que teria dado origem ao que alguns chamam de darkwave. Ainda e talvez entre as bandas mais conhecidas, até pelos não aprofundados no cerne gótico, além de Bauhaus, estejam ainda The Cure e Joy Division.
Robert Smith liderou a banda, inicialmente chamada The Easy Cure, e permaneceu nela desde
Ian Curtis (Joy Division).
sempre. Seu estilo é algo um tanto indefinível, mas como já foi citado, nem todas as bandas góticas se definem assim. Pós punk era uma definição bem usada - por surgir depois do auge do punk rock. Na verdade o Cure teve várias fases. O primeiro álbum Three Imaginary Boys, de 1979, teve uma turnê de promoção que os levou a serem convidados para serem a banda de suporte para a banda Siouxsie And The Banshees, banda também bastante conhecida na cena punk e pós punk, com o vocal feminino de Siouxsie Sioux. Robert Smith fora o guitarrista da banda durante sua fase punk; poucas bandas conseguiram fazer uma transição de fases tão bem quanto os Banshees, saindo do punk e se tornando um exponencial gótico. Boys Don't Cry, quando foi lançado em 1980, não obteve o sucesso esperado; só em 1986 tornou-se um hino da banda. Músicas como Friday I´m in Love e A Letter to Elise, foram outros de seus grandes sucessos, já nos anos 90. A música dos The Cure tem sido categorizada como rock gótico, subgénero do rock alternativo, como uma das principais bandas, no entanto, Robert Smith disse em 2006 que, "é patético quando o gótico ainda se cola ao nome The Cure", considerando o sub-género "incrivelmente estúpido e monótono. Verdadeiramente lastimoso".[1]
O Joy Division, de Manchester, também possui várias influências de estilos, ainda que com uma bateria de certa austeridade militar executada por Stephen Morris, e o que alguns produtores definiriam como death disco[carece de fontes?]: letras significativas sobre desolamento espiritual em contraste com uma batida compulsória inclinada à dança, aliada a uma linha de baixo melódico e marcante; em algumas músicas, toques eletrônicos a la Kraftwerk; e para finalizar os vocais soturnos reverberados pelo barítono Ian Curtis. Músicas como Love Will Tear Us Apart, She's Lost Control, Transmission, New Dawn Fades e Isolation falam por si só. Em seus 3 anos de existência, de 1977 a 1980, a banda gravou apenas dois discos inéditos em estúdio (Unknown Pleasures, de 1979 e Closer, de 1980), sem contar compilações, extras ou ao vivo e singles. Por Ian sofrer de epilepsia e ter sérios problemas conjugais, foi levado a uma depressão que culminou em suicídio em 18 de maio de 1980 – em suas palavras: "tudo isso é muito ruim, preferia estar morto agora". Sem aquela voz, o Joy nunca mais seria o mesmo. Mudaram sua sonoridade e letras, formando o New Order ("Nova ordem"), nome que visava explicitar a mudança. A banda se distanciou do genêro que a consagrou com algo bem diferenciado, alinhando-se mais a house e ao que hoje se chama pop-rock, mas não deixa de agradar muitos membros da subcultura gótica até hoje.
Em 2008, a soprano inglesa Sarah Brightman interprta Fleurs du Mal, que marcou o álbum Symphony pelos seus numerosos formatos góticos.

Outros estilos incorporados à cena

O gothic rock/darkwave é com certeza a música e um dos elementos que mais caracteriza a cena gótica. Mas com a sua evolução outros estilos musicais foram se integrando mais à subcultura e se fundindo mais a ele, que embora possam às vezes ser abordados de maneira distinta já parecem também coisas inseparáveis uma das outras.
Quando exportado para os americanos o rock gótico chegou da Inglaterra para se tornar o death rock. Na Inglaterra a Batcave, club centro da disseminação desse estilo, abrigava noites regadas ao som de bandas como o Specimen e o Bauhaus. Nos Estados Unidos o estilo também ganhou várias casas e uma contraparte típica, o Christian Death. Talvez por isso os dois estilos sejam tão inseparáveis e se diz que são irmãos que se detestam, mas se amam no fim das contas. Mas as bandas como essas podiam se encaixar perfeitamente no rótulo gótico. Enquanto que o death rock, como é conhecido hoje, é povoado de zumbis, humor negro, carnificina, ferimentos, necrofilia e todo tipo de brincadeira com a morte, inspirado em filme de terror de orçamento baixo. Exemplos de bandas são: Misfits (também ligados ao punk rock), Samhain, 45 Grave, Zombina and The Skeletones, Cinema Strange (Ver Death rock).
Um advento que tomou a cena alternativa de 1990 era chamado Industrial, esse tipo de música já havia sido muito bem vindo pelo gótico no fim dos anos 80, a paixão pelo sombrio novamente fez a união. Os góticos, como se sabe, podem olhar para o passado com uma nostalgia irônica, (pois a era vitoriana é transformada em um ambiente muito propício e aconchegante para isso, mas como se sabe, as coisas não são bem assim) já o industrial olha para o futuro com um pessimismo baseado no presente. O industrial legitimo era um acontecimento musical que já havia acontecido vinte anos antes mais ou menos. Eram trabalhos que colocavam em questão até que ponto existiria musicalidade, na arte de fazer barulho. Os artistas desse movimento podiam usar qualquer coisa que fosse ruidosa, alterada e misturada eletronicamente de forma desincronizada para parecer com nada que fosse entretenimento à cultura popular. Podem ser citados aqui os experimentalistas eletrônicos do Cabaret Voltaire, a cozinha destruidora de Monte Cazazza e os concertos que mais pareciam um ataque à queima roupa do Throbbing Glistle. Dessa forma a música underground dançante feita para animar clubs de meados de 90 recebeu o rótulo de Industrial também, “ A única coisa que temos em comum é o fato haver barulho na minha música e também haver barulho na deles”, diz o vocalista do Nine Inch Nails (banda que propagou o gênero) Trent Reznor. O gótico preza o feminino, ou o andrógino, a beleza, o poético, o teatral, etc. e a música eletrônica industrial é agressiva, masculina, raivosa, barulhenta, informatizada, cientifica e etc. e tal. Logo se percebe uma união onde os opostos se completam então. Desse casamento surgiram os cybergoths e rivetheads como abrigado da subcultura gótica (embora algunsrivetheads a consideram uma cultura a parte). O fato é que a música gótica hoje tem traços da integração industrial por todos os lados, muitas bandas utilizam baterias eletrônicas apenas, também samples e sintetizadores, que podem substituir qualquer instrumento, desse moda a cena gótica recebe muito bem as novas tecnologias sem afetar qualquer seus aspectos, apenas se revolucionando mais ainda.

Desambiguação

Discutir o que vem a ser ou não gótico/darkwave, em termos musicais, é uma das principais preocupações decorrentes na subcultura. Alguns artistas acabam desacreditados por tomarem uma postura que às vezes lhes faz serem vistos como meras armações da mídia, o principal fator é a saída do underground, são poucos os que conseguem se postar confortavelmente entre o sucesso de vendagens e a isenção de traição. Mas no que diz respeito ao heavy metal Gavin Badelley, em seu livro Gothic Chic, comenta que muitos góticos acham que trata-se da antítese grosseira, ignorante, machista e pretenciosa de tudo o que eles prezam através da música. No entanto, alguns admitem ser a banda Black Sabbath de grande importância para o estilo, que influenciou e ainda influencia diversas bandas da categoria. Seu primeiro álbum, intitulado com o nome da banda, tráz a descrição de um rito satânico pontuado por efeitos tempestuosos e dobrar de sinos, a capa ainda atrás uma garota pálida vestida de preto em um terreno doentiamente ocre. Também muitos góticos apreciam o som baseado em raízes agressivas, mas concentrado em um ambiente árido e sombrio assemelhado ao de dark ambient, como temas poesia romântica e nostalgia medieval, o Doom Metal talvez seja o elo perdido entre os dois estilos aqui discutidos. Mas paralelos são paralelos, comparações e aproximações à parte, nem a música, nem a subcultura gótica, por conseqüência, sofreram uma união que se seria conhecida como Gothic Metal. O gothic rock aborda com freqüência temas espirituais como o xamanismo e a cultura indígena sob uma ótica atemporal ou temas cotidianos e introspectivos sob uma ótica urbano-contemporânea, além de ter suas bases estilísticas voltadas ao rock and roll e a música pop; o gothic metal, ao contrário, aborda a época medieval e o heroísmo romântico e suas bases são o gênero metal e a música clássica. Bandas de Metal são bandas de Metal em sua essência, apenas utilizam alguns poucos elementos da música e cultura gótica, agradem a quem agradar, o público gótico ou headbanger. E se foi usada dessa conviniência para forjar um casamento mítico para cair nas graças do culto mainstream, isso sim pode ser chamado de armação da mídia.
Não confundir também o Gothic rock com o post-punk, vertente do rock dos anos 80 caracterizada pelo ritmo monolítico, influências do art rock e temáticas como filosofia existencialista (ex.: Joy Division, Echo & the Bunnymen, The Cure, The Fall, Suicide e, em parte, The Smiths), mas contendo mais experimentalismos musicais (inclusive ligados ao krautrock e ao proto-punk), sem as limitações de um rótulo determinado, como ocorre no rock gótico. Outro equivoco que vem ocorrendo é classificarem o Lacrimosa (banda influente do chamado Gothic Metal) de rock gótico/darkwave.